<$BlogRSDURL$>

quinta-feira, junho 10, 2004

Frase do dia: “Tanta luz, tanta cor, mas tanta vida desperdiçada... com toda a leveza de um riso sem esperança”.




“É possível definir a noção de norma num sentido unívoco. Trata-se de toda a situação ou de todo o comportamento esperado por um grupo social. Algumas acções são, pois, prescritas (o que é “bom”) ao passo que outras estão interditas (o que está “mal”), em cada grupo social.
Todavia, é mais delicado definir aqueles que transgridem estas normas e, para Becker, existem pelo menos dois sentidos no termo outsider: pode tratar-se, efectivamente, do indivíduo que transgride uma norma e que se torna assim “estranho” face ao grupo. Mas o termo pode também designar aqueles que são estranhos ao grupo dos desviantes.
Com efeito, o indivíduo etiquetado como estranho percebe também a sua situação e pode avaliar os seus juizes como sendo estranhos ao seu universo.
O termo outsider contém, pois, um duplo olhar: serve para designar o que contém de estranheza tanto o olhar dos desviantes para os normais, como o olhar dos normais para os desviantes “.


Martine Xiberras, As Teorias da Exclusão, para uma construção do imaginário do desvio




Tempo do que já se sabe...


fuga



Hoje não escrevo, não faço, não digo
estou comigo
e com o chilrear dos pássaros
as flores primaveris no jardim
o constante murmúrio do rio
Hoje faço greve ao tempo
paro o dia
fico suspenso no sol
e abrem-se janelas interiores
portadas de luz em que me dissolvo
num doce esquecimento

Apenas a luz desconhece princípio ou fim


Paulo Barbosa, economia de palavras

Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

disakala@hotmail.com