segunda-feira, junho 07, 2004
Frase do dia: “Em nós mil e um demónios, seiscentas e quarenta fadas,... mas só tu...”.
“Vês, Mimi: a morte, a dor, não nasce limpeza mesmo que os cadáveres estejam limpos próprio, higiénicos e bonitos, como tu soluças. Cá estou eu a te levantar a saia, miúdo ordinário que me xingavas, e a culpa não é tua, não é minha, não é de ninguém: é de todos nós que deixamos nascer jacarés na água pura”.
José Luandino Vieira, Nós, os do Makulusu
“Tão só e tão apenas só tão longe e tão apenas longe o remédio para o irremediável sem remédio pondero agora o que ele disse nunca mais escrevas versos meu amigo nunca mais porque senão não vale a pena o discurso negro mas eu tão só e tão apenas longe tão longe e tão apenas só sou como Müller todos os anjos de pedra escombros destroços também a minha vergonha precisa do meu poema tão longe e tão apenas só tão só e tão apenas longe acredito no acreditar em voo caindo em estrelas nuvens no teu colo seios amamentando a serpente criança no teu peito tão só e tão apenas só tão longe e tão apenas longe mas de todas as formas quando estás eu sei que estou perto quando estás eu sei pois não estou sozinho”.
RMM
“Vês, Mimi: a morte, a dor, não nasce limpeza mesmo que os cadáveres estejam limpos próprio, higiénicos e bonitos, como tu soluças. Cá estou eu a te levantar a saia, miúdo ordinário que me xingavas, e a culpa não é tua, não é minha, não é de ninguém: é de todos nós que deixamos nascer jacarés na água pura”.
José Luandino Vieira, Nós, os do Makulusu
“Tão só e tão apenas só tão longe e tão apenas longe o remédio para o irremediável sem remédio pondero agora o que ele disse nunca mais escrevas versos meu amigo nunca mais porque senão não vale a pena o discurso negro mas eu tão só e tão apenas longe tão longe e tão apenas só sou como Müller todos os anjos de pedra escombros destroços também a minha vergonha precisa do meu poema tão longe e tão apenas só tão só e tão apenas longe acredito no acreditar em voo caindo em estrelas nuvens no teu colo seios amamentando a serpente criança no teu peito tão só e tão apenas só tão longe e tão apenas longe mas de todas as formas quando estás eu sei que estou perto quando estás eu sei pois não estou sozinho”.
RMM
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