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sábado, maio 15, 2004

Frase do dia: “Bem, lá vou eu para o frio outra vez”.



Dia macabro, desliguei-me de todas as lógicas racionais e deixei que, anos depois, fossem mais uma vez as cartas sobre a mesa a ditarem as sequências: O Louco contra O Mágico-tudo se foi sobrepondo- A Lua contra A Papisa- tudo se foi sobrepondo, mas é mais do que óbvio que a sanidade, ou o que dela restava, está bastante danificada. (mas quem é que define quem é o louco?!; eles, eles definem)
Manhã de sombras, tarde de pneus a chiarem sobre o sol, o anoitecer com uma voz longínqua de um tempo e de um rosto que já não se percebe se ainda faz parte.
Noite-senti a flor rasgada do gémeo mau que assola o meu peito e que me leva para o abismo.
Noite-rasgou-se por uma estrada em sangue e desvaneceu-se em esperma e suor.
Noite-assassinei aquele que ainda estava vivo no coração vivo e saltitante no espaço vivo.
Noite-destruí o resto de alguns valores morais numa cidade em que já não tenho espaço e na qual já não acredito.
Noite- pró inferno que a coma crua.
Dentro de 4 horas embarco.



Reparem que o tempo de um poema já não existe propriamente...

A partir de agora tudo será um poema e não aceito mais nada que não me pareça em verso...



“A jovem R sorriu quando me viu no teatro com os seus olhos verdes e quando me viu minutos depois no passeio escuro sorriu outra vez comentando que já era a segunda eu sorri com os meus olhos pretos nebulosos e baços pensando que a podia arrastar junto a mim e dar-lhe então o que ela queria ou que precisava mas... é claro que eu não sabia o que a jovem R queria ou que precisava mas podia ser mesmo aquilo que se faz que se pensa em qualquer passeio escuro pois este é o meu poema e nele tudo é possível.
E foi isso que fiz”.



RMM











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