<$BlogRSDURL$>

quinta-feira, maio 20, 2004

Frase do dia: “Anda lá, pá, volta a dar cor às nossas vidas, nada justifica a distância alguma, esse mesmo passado para o qual já nem o mundo se rala muito menos, só manipulação e orgulho dos fracos, anda lá, pá, volta a dar cor às nossas vidas, pergunta ao teu coração se não estavas muito mais feliz nessa altura, anda lá, pá, as portas nunca se fecharam, nem lábios, nem braços, muito menos apoio e presença, anda lá, pá, eu não sou louco e tu sabes, anda lá, pá, não leves a mal o que escrevo porque estas palavras são tuas, anda lá, pá, parte as correntes, deixa que os fantasmas morram, anda lá, pá, volta a dar cor às nossas vidas...”





A CONVERSA QUE SE SEGUE É DA NOSSA i RESPONSABILIDADE, e foi gravada em segredo numa outra cidade e num tempo de que ainda restam memórias, mas que já não se alcançam- a não ser num breve relâmpago de um simples fechar de pálpebras.


- O que é que foi?!!
- A X...
- E depois?
- Tás com carinha de cãozinho e sorriso parvo, como diz a Teresa Guilherme.
- Isso é completamente falso e tu não devias dizer que eu tenho cara de cão.
- É uma expressão que se utiliza para caracterizar os apaixonados. Mas não negues que há qualquer coisa, porque até combinaste sair com ela na semana passada para ir a Belém...
- Não há nada entre nós os dois, e só fui a Belém comer pastéis.
- Tá bem... tá! Pronto, eu fecho a boca. Mas continuo de olhos abertos.
- Pensares isso, ou estares desconfiada, faz com que não pareça que eu estou a agir normalmente. Só me apaixonei e amei uma vez na vida... Comprei-te uma prenda, mas só a vou dar no metro, se tu a mereceres, é claro.
- Então vou-me portar bem! Quanto a ela, foi isso que me ocorreu, porque parecia haver qualquer coisa entre vocês, e depois foi na outra quarta... ela andou a telefonar para saber o teu número... para saírem...
- Isso não tem mal nenhum! Se fosse um rapaz tu não estavas a pensar isso.
- Só estranhei, ocorreu-me. Mas talvez seja porque tu não és como os outros da turma e ela é sensata.
- Não percebo. Sou igual a qualquer outra pessoa. Por que é que ela, ou o que é que tem a ver... ela ser sensata?
- Esquece, já falámos sobre eles muito tempo. Tu és uma pessoa com quem se pode conversar e ela é uma pessoa que o sabe fazer. E se queres que te diga... eu começo-me a fartar de certas atitudes do P, por exemplo...
- Eu falo de igual para igual com todas as pessoas, mas sinto-me mais próximo de algumas. O que é que fez o P?
- Acreditas mesmo que as pessoas mudam? Eu acho que ele tá revestido de uma falsa modéstia. Assim como noto certa hostilidade dele em relação, por exemplo, a mim. Pensa que eu sou uma miúda parva, anda sempre com aquelas histórias de passar os dias a escrever e pensa que já é um mestre... Se calhar é de mim. Estou farta de presunçosos.
- Tu podes fazer a tua vida aqui, ou lá fora, sem te preocupares com o que ele ou as outras pessoas pensem ou digam de ti. Só devemos dar valor às pessoas de quem gostamos ou respeitamos. Se o que ele fala não te diz nada, também o que ele pensa sobre ti também não te deve dizer nada. Ele é, apesar de tudo, apenas mais uma pessoa e, por tal, não é mais nem menos do que quem quer que seja.
- Sim, eu sei... mas chateia-me.
- No caso do P só tens três hipóteses possíveis:
1- Ignoras,
2- Assumes o papel que ele te dá-o de miúda parva,
3- Entras em conflito directo.




Tempo de poema...



VOLÁTIL



Um pacto de não agressão assinado com Deus e com o Diabo;
Mafioso politicamente correcto, agindo na penumbra sob as luzes da ribalta.
Quando a luz é forte, quem vê?
Estrela irradiando energia, lançando os outros no caos das minhas falsas certezas.
Suicida que não se suicida, tão-pouco teme mais a morte que a vida.
Amante-quem o poderá deter?
Livre-para derreter todos os gelos e incendiar todas as almas.
Volátil...



Manuel Pereira
Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

disakala@hotmail.com